31/12/2009

Presente de natal atrasado

Era dia 25 de Dezembro, estava sendo comemorada a festa mais importante do ano.
As crianças recebiam presentes, um adulto se vestia de bom velhinho e os adultos se divertiam num canto como seus filhos.


Após a virada da noite mais esperada as crianças já estavam cansadas, os adultos exaustos e os mais idosos nem mais presentes estavam. Mas faltava um grupo, o dos jovens adolescentes,
Estes estavam felizes, vivos, conversando e brincando sem nenhuma sombra de exaustão, ganharam poucos presentes como esperado, mas nada que os deixassem tristes.

Eu, pertencente a este grupo, não me sentia bem, estava desanimado, queria sair, mudar, fazer algo diferente.

Pensei, perguntei, arrumei e fui.
Fui a casa, preparei minha mala, tomei banho, vi as passagens, liguei para a família em cabo frio e fui em 10 minutos de volta para a casa de meus tios, aguardar a saída de um para o trabalho.


Motorista, trabalhava em uma empresa de ônibus que me deixaria na porta da Rodoviária, era comprar e zarpar para um fim de semana de distração, descanso e alegria, veio o que parecia o presente que não tinha.

Ao me despedir da família, fui a encontro da minha irmã, dei-lhe um beijo, disse para onde ia e fui.
Desesperada, correu atrás de mim e brigou , pois não a tinha chamado. Correu a minha mãe, brigou novamente e se despediu. Ela iria junto.


Correu até em casa e numa briga contra o tempo de serviço do nosso tio, arrumou o que seria sua mala em exatos 5 minutos. Ofegante, pensei para me redimir, pegar uma garrafa de água, assim fiz, entramos no carro, depois no ônibus, depois em outro ônibus e agora já nos encontrávamos a meia hora do destino final.

Ainda era dia 25, chegamos à casa do nosso tio.
Ele se mudou, apartamento, perto da praia, dois andares vulgo duplex, lindo. Mas a felicidade não era essa, agora, estávamos nos sentindo independentes, preparamos mala, combinamos e viajamos sozinhos para outra região. A felicidade estava no ar.

Ao chegar à nova casa, novo susto,lá estavam os parentes de férias.
Difícil imaginar uma viajem com novas pessoas, não era possível saber como seria a convivência daqueles 6 adolescentes em uma casa com mais 4 adultos e 3 idosos, sendo uma a titia vulgo moema a velhinha que já estava gagá, só lembrava do passado e chamava a família já morta, uma comédia só.


A felicidade foi instantânea, agora pairava sobre nós o medo.

Momento clichê, apresentações, abraços, desejos de feliz natal, tudo de bom e assim o dia ia passando, nem nós nem eles nos sentíamos mais em casa, agora estranhos estava junto, para amenizar a situação, um jogo: UNO. Foi o momento da virada.

Só os adolescentes jogando, adultos em volta conversando e as senhoras “tricotavam”.
Algumas horas, a convivência foi ficando melhor, estávamos agora, calmos, felizes e nos divertindo como velhos amigos.


Os dias passaram, a noite apareceu e mais um desafio, sair com os “parentes da prima”,
no momento quase nosso. À noite tudo era diversão, todos bem, situação difícil e inesperada, foi quase um milagre posso dizer, um presente.


Os dias passaram e noites mal dormidas de jogo e conversas houveram, agora já éramos todos da mesma família, da mesma tribo, juntos em um mesmo contexto.

Já não havia mais o medo inicial, mas tínhamos uma preocupação, a partida se aproximava, a convivência tão forte de um grupo durante 5 dias , 24 horas, seria quebrada pela partida.

Inicia o sofrimento,"tchaus" e abraços viemos embora, ficou a saudade, mas a certeza de que haveria o reencontro, esperado e acompanhado.

Havíamos ganhado um maravilhoso presente de fim de ano. Uma nova família, que vai ficar guardada na memória, Sempre. Obrigado.

23/12/2009

Presos pelo mundo


"No dia em que o povo se tornar livre de todas as forças que os predem, tudo se resolverá."


O mundo, e sua evolução, vêm a cada dia criando novas formas de prender cada vez mais as pessoas as suas(ou algumas) raízes.


Criado para ser livre, o ser, vê-se numa situação, por vezes constrangedora.


Bloqueados de fazer o que querem, a população tão segurada pela tecnologia, depois pelo governo, são por vezes presos pela democracia, que nada mais é onde os fracos não tem vez e o mundo economicamente na ordem de sucessão, vive com inúmeras barreiras.


Estas barreiras que nos cercam vêm de forças decrescentes, resultando até no menor ser existente.


Fugir dessas barreiras já não é mais possível, mas podemos amenizar o caso.


Começando pela pequena liberdade que podemos nos proporcionar (é necessário frisar que essa liberdade só pode ser dada de livre e espontânea vontade depois da maior idade) no caso de pararmos para pensar e ampliar nossos horizontes (lembrando também que os horizontes são bloqueados pelo medo, nem sempre seu, porem que é posto forçadamente para ti desde sempre) pode ter grandes resultados quanto à quebra de barreiras.


Tendo este bom começo, podemos iniciar tentando mudar “algo” que seja (sempre dando nome a este “algo”)


É necessário ser objetivo, saber o que você quer mudar e ir até o fim, uma boa opção é ter foco e nunca desistir porque mudar é sempre a tarefa mais complexa e instável.


Podemos também usar alguns bloqueios a nosso favor, com a amplitude dos nossos meios de comunicação, podemos fazer algo que por sua vez seja repercutido em todo o mundo.


Nossa sede de mudança contagia, mas para isso temos que começar por algum lugar. Precisamos começar desbloqueando nossas mentes, depois dos nossos familiares e por fim rumo a um mundo melhor. Tudo feito com cautela e consciência.


Temos que desconstruir o pensamento dos fortes, e mostrar que quem manda é a maioria, e não os mais ricos.


Desejo boa sorte a todos nesse ano que está por vir, e espero que quebremos as correntes e cresçamos para um mundo melhor e sem barreiras para a evolução!

08/12/2009

Pequenos textos , significativos

Há anos a vida era a mesma.

Nada mudou, evoluiu, nem cresceu.

O tempo parou.

Ele não.

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Ao morrer sua estrela fez brilhar.

Era mais intenso, moderno e não contemporâneo.

O mais velho não ficou esquecido, nem foi superado.

A arte prevaleceu sobre o homem, e o homem não desapareceu sobre sua arte.

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Chegou em casa cansado, largou tudo pela casa e foi dormir.

Mulher cozinhava, não o viu chegando e deitou-se em seguida.

Á noite, nada. Pela manha ao levantar deparou com um estranho sobre sua cama.

Cotidiano, a casa era geminada.

Porta errada.

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Ao quebrar a TV, foram obrigados a conversar. Apresentaram-se, conheceram, aproximaram-se. Nada diferente.

Só estavam casados há dez anos.

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Índia, Morena, cabocla dos olhos puxados, Mistura apaixonante, amorosa, amante. Incrível Amor. Minha.

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Nasceu, cresceu, fez. Seu nome era o do avô ManoeL, o contrário.

Este só de nome, pois o caráter era o mesmo.

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Vivia triste, diariamente reclamando, queria sorriso da vida, mas só devolvia lamúrias.

Só havia contradições.

Cunho Social



Foi excluído, maltratado, separado, vendido, explorado, enfrentado,escondido, adestrado, desestimulado, afastado.


Lei


É incluído, cuidado, unido, comprado, explorado, pulado, mostrado, solto, estimulado, aproximado.


Ser igual. Consciência Negra


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Seus beijos, primeiros e inesquecíveis, nada tinham de novidade na história.


Era o que parecia.


Um com HIV, nada mudou.


Combate a Aids


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Seus lar era sua proteção, foi expulso, grande risco. Foi atacado, sem escudo,imune, já não mais servia. Morreu.


Todos precisam de um lugar seguro.


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Seu maior desejo era comer, seu pior destino sofrer, sua maior sorte encontrar um doador.


Era natal, este feliz, sem fome.


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Com medo, trancou as portas, botou grades, aumentou os muros, contratou seguranças, comprou cachorros, diminuiu as saídas, reduziu as visitas.


Do ladode fora o ladrão olhava o mais novo preso da sociedade


O Clipse


Reúna em blocos seus sentimentos


Divida suas emoções


Separe seus problemas


Crie grupos de afeições


Não exclua, simplesmente separe


Selecione o mais importante


Destaque em ordens imperfeitas


Misture tudo


Jogue tudo anteriormente fora e esqueça


Não perca tempo


Viva cada dia!