30/10/2009

Textos do Twitter [2]

O Feiticeiro mais poderoso.Mágico, severo e grandioso.Isso já não fazia tanta diferença na sua lápide.

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"Boa noite!", disse ele com amor para ela. Nunca mais acordou.

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Largou tudo e todos. Decidiu se virar sozinho.Conseguiu. O que ele não sabia é que não seria tão fácil desvirar. O homem-tartaruga ficou.

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A invenção foi criticada. O orgulho fala mais alto que o reconhecimento.

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Bom dia, ja era noite , mas seu dia havia parado no momento de sua partida. Estava longe e o sol lá não sumia.

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Cherou-a, tocou-a, encantou-se. Noite mágica. Seus corpos eram um só, corpo e alma em unico lugar. Amor.

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- "Obrigado?!" . Este ja não era o mesmo. Estava se casando .


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"Se te decepcionei, mereço uma segunda chance, que será melhor do que todos seus pensamentos sobre a primeira."

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Todo o corpo pertencia a ele. A tinha, mas não a possuia. Seu coração era meu.


28/10/2009

O ato, noite passada

Sua blusa estava suja,
Uma sujeira boa.
Sinal de vitalidade.
Estava bastante cansada.
Ele estava na cozinha.
Foi buscar algo para comer.
Algo mais material, menos físico.
O cheiro ambiente era peculiar,
Qualquer um ao entrar perceberia o acontecido.
Foi divertido.
Momentos de intensidade e amor.
Seu corpo se juntava ao dele,
Em uma perfeita sintonia desajustada.
Suas mentes em um só pensamento,
Erótico e sensual.
Foi cansativo e gratificante.
Valeu a pena,
A noite estava ajudando,
E os brinquedos ajudando.
Era verdade
Era, tinha.
Cumplicidade,
Mutualismo.
Foi.

Sono

Estou com sono,
Quero dormir.
Estou cansado.
A vida está difícil,
Dormindo posso sonhar.
Já perdi as esperanças na realidade,
Aposto no imaginário, minha ultima opção.
Estou tentando.

Quero comer,
Estou com fome.
A comida está cara.
Comendo posso matar minha fome,
Mas ela não quer morrer.
Quero dormir.

Quero correr.
Estou sem forças,
Só posso andar, e devagar.
Não posso correr, tenho medo.
Quero dormir.

Quero ler.
Não estou enxergando.
Não tenho livros,
Desaprendi.
Quero dormir.

Quero viver,
Não quero dormir.
Vou dormir,
Não posso viver.

Sono.

Lembro

Seu pescoço me alucina.
Seu cheiro me envenena.
Arrepia.
Arrepio.
Sinto sua respiração,
Muda a minha.
Tenho uma nova visão.
Te sinto.
Vejo seu sentimento.
Esqueço,
Só tenho o meu pensamento.
Sinto-te.
Quero-te,
Não tenho.
Seu pescoço, Lembro!

17/10/2009

Curioso fim

Branco e um pouco grande, no momento sua sujeira se resumia a uma única mancha.
Estava cansado. Seu tempo de vida estava acabando.
Ele se preservava porem, com o tempo, nada mais podia ser feito.
Sua história começou em uma grande fábrica. Ele era só mais um no meio daquela imensidão.
Foi produzido com a melhor das matérias primas, tinha o mais belo design e pertencia a mais moderna tecnologia.
Era um sucesso de venda. Todos estavam comprando e seu preço estava altíssimo.
Acreditava que em pouco tempo sairia de uma maravilhosa loja de luxo do centro da cidade para as mãos, na verdade os pés, de um renomado usuário.
Desejava ser tratado como rei: ser limpo, escovado e endeusado pelas suas características.
Realmente esse era seu futuro. Pelo menos era o futuro proposto por todos os outros.

Roberto trabalhava na fábrica.
Havia acabado de ser contratado. Era jovem, seu primeiro emprego, sua mãe lhe obrigou. Já tinha dezenove anos e nada gostava de fazer. Pedia tudo que via e quase sempre recebia o que queria. Mas sua mãe estava decidida a mudar. Ele não teria mais suas vontades satisfeitas. Teria que trabalhar. E assim foi feito.
Era tarde o expediente de Roberto já estava acabando. A fábrica já estava vazia. Ele era um dos últimos a sair. Precisava desligar as maquinas e guardar os últimos produtos produzidos.
Não era um dos melhores trabalhadores, mas fazia o que lhe pediam e assim seguia sua jornada.
O dia da mudança foi ontem, todos os seus amigos estavam do lado de fora da fábrica a sua espera, era dia de barzinho e noite de chopada.
Estavam todos arrumados e Roberto, sujo, cansado e desarrumado, encontrava-se dentro da fabrica de frente ao seu desejo momentâneo.
Não pensou duas vezes. Colocou-os nos pés e saiu.
Sua noite estava apenas começando.

Era preta, um pouco pequena, no momento sua sujeira se resumia ao resto de pólvora que em si havia.
Estava acabada, agora, já inútil. Seu tempo de vida dependia de alguém. Ela não se preservava, não tinha o porquê, sua vida era ser usada e descartada quando quisessem.
Sua historia começou como qualquer outra, em casa, com peças usadas, sua funcionalidade era baixa.
Seu preto era de encardido e sua cor real não podia ser definida.
Não imaginava tento o futuro sabia que não tinha o porquê pensar.
Desejava viver em outro mundo, onde não precisasse ser usada do modo que a queriam.
Quem a comprou, realmente pensou em mudar seu futuro. Nada que ela havia imaginado aconteceria. Pelo menos até ontem á noite.

Já era noite, Renato havia caçado o dia inteiro. Estava exausto e guardo seu objeto no quarto. Foi para o banho.
Felipe já tinha se arrumado, estava pronto para sair.
Foi no quarto do pai se despedir e viu a gaveta aberta. Descobriu o objeto, seus olhos brilhavam. Pegou-o. Saiu sem falar nada. Estava decidido a testar o descoberto. Objetivo maior não havia. Era só diversão. Pegou o carro e foi andar. No caminho, noite de chopada, decidiu parar para falar com os amigos.
Foi e mostrou o brinquedo. Forte reação.
Felicidade. Diversão. Foi engatilhado.
Passou de mão em mão. Era novidade. Diferente.
Escorregou, caiu, disparou... Atingiu.

Restou um tênis sujo, uma arma usada e uma pessoa morta.

16/10/2009

Textos Do Twitter [1]

Acreditava na verdade inocente, sentiu a mentira na pele de uma criança de alma adulta indecente. Morreu desacreditado.

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Era noite, céu azul,lua cheia, formigas trabalhavam. Dormiu vendo o sol queimar as verdadeiras batalhadoras. Era dia de eclipse.

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Da árvore viu a folha cair.Do rio viu a água descer. Agora o que consegue ver é só mais um dia sem prazer.

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Olhava despercebido para ela. Não acreditava nesse amor. Perdeu a oportunidade. Nasceu, cresceu, morreu e não se apaixonou.

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3 minutos atrás era noite, o dia já raiou, as formigas viu morrer e com nada após sonhou.

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Bobeira dele, ele so estava tentando criar.Descobriu a pólvora. Novo mundo. Velho conflito.

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Sem motivos para viver, decidiu se matar.Matou a mulher, a filha e o bebê. Era noite de lua cheia.

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Viu sua história acabar.Fim trágico. Sua vida se foi. A enchente levou sua biografia.

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Textos até 140 caracteres. Todos no twitter de http://twitter.com/joaoprocha

07/10/2009

Lagrimas

Lágrimas...
Chorar
Talvez seja bom.
Do nada.
Infelizmente não é compreendido essa ação.
O motivo tem que ser claro.
Não pode deixar duvidas sobre o porque
Um choro representa a expressão da alma.
O que seu coração está sentindo.
Chorar
Chorar por dentro
Sentir
Lágrimas caem.
Do lado de dentro e do lado de fora.
O corpo pede arrego.
Não está mais agüentando manter seu próprio peso
A consciência pesa.
O peso de um choro não compreendido.
O não compreendido como incógnita.
A falta de algo para explicar para você mesmo o por que.
Não chorar
Sentir
Somente sentir
Não ver o que pode ser visto
Não entender.
Ser contrariado.
Encontrar um motivo qualquer.
Chorar.
Escrever.
Lágrimas...